1. Carreira

Faz primeiro o que dá dinheiro, depois o que gosta

Antes de falar sobre o assunto, vou fazer uma confissão para você, eu ouvi essa frase “Faz primeiro o que dá dinheiro, depois o que gosta” algumas vezes quando pensei no que eu faria de faculdade, isso há quase 10 anos entre 2006, quando terminei o ensino médio, e em 2009, quando ingressei no ensino superior.

Eu fiz técnico em informática durante o ensino médio e uma das certezas que eu tinha é que não queria seguir essa área, mesmo sendo muito bom em tecnologia. Pela minha facilidade em lidar com pessoas e vontade de ajudá-las, resolvi que queria fazer psicologia. Nesse momento as pessoas vieram me falar que psicologia não dava dinheiro, que eu deveria fazer outro curso primeiro e depois fazer psicologia, que era difícil ser psicólogo e iniciar um consultório, enfim, escutei muito sobre as dificuldades que eu encontraria ao tentar não seguir uma carreira empresarial ou uma daquelas já consagradas como medicina e direito.

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Tudo isso me fez repensar e acabei fazendo administração com ênfase em marketing. Gostei e achei que foi uma boa escolha. Porém, às vezes me pego pensando, e se eu tivesse feito psicologia?

Na verdade isso não importa agora, pois nunca poderei responder essa pergunta, mesmo assim eu posso falar sobre isso e fazer você que é pai/mãe e precisa instruir seu filho, você que é um jovem pensando em ingressar na faculdade ou você que está infeliz em sua carreira repensar se está tomando a decisão correta.

O que você gosta?

Faz primeiro o que dá dinheiro, depois o que gosta

Eu, por exemplo, gosto de jogar futebol! O interessante é que hoje em dia eu preciso pagar para jogar futebol ao invés de receber por isso, pois não me profissionalizei, e mesmo assim eu não me importo de pagar, afinal eu me divirto muito jogando futebol. Isso é um hobby!

Gosto também de viajar, gosto de fazer churrasco, gosto de assistir filmes, gosto de conhecer pessoas novas… Gosto de muitas coisas, porém talvez eu não gostasse tanto assim se elas fossem profissão ou obrigação, entende?

Estou dando esses exemplos para você entender que nem tudo que você gosta de fazer necessariamente deve ser algo que dê dinheiro, pelo contrário, para muitas delas você vai acabar gastando dinheiro e energia para fazer dar certo e ainda assim isso terá um enorme prazer, pois são passatempos!

Então, qual seria a pergunta certa?

O que dá dinheiro?

Agora sim, pois com o dinheiro conseguirei fazer tudo aquilo que gosto. Vou trabalhar por 35 ou 40 anos em uma grande empresa, fazer carreira, crescer e me desenvolver, ter um mês de férias por ano e garantir meu décimo terceiro salário para pagar os impostos anuais. Depois me aposento e me dedico a fazer o que gosto.

Vou ser médico, vou ser advogado, vou ser dentista, vou palestrar, vou ganhar dinheiro na internet, vou ganhar na loteria, vou cursar alguma profissão pela qual vou cobrar caro pela minha hora, vou ser rico! Assim eu poderei comprar tudo que quero e fazer tudo que gosto.

Tendo dinheiro, fica fácil fazer o que gosto, afinal não tenho preocupações financeiras… 

Lembra-se quando escrevi acima sobre gastar dinheiro e energia para fazer aquilo que gosta? 

Exatamente nesse ponto que gastar sua energia com algo que nem gosta tanto apenas com propósito de ganhar dinheiro que é um grande problema, pois na hora de focar sua energia naquilo que gosta e deveria ser prazeroso, seu corpo acabando pedindo descanso, sua cabeça está estressada, seu tempo é escasso e sua atividade prazerosa acaba virando uma válvula de escape, uma obsessão e muitas vezes algo onde acaba se estressando ainda mais ao invés de conseguir aproveitar o momento.

Nessa hora que culpamos o trabalho por não nos permitir fazer aquilo que queremos e acabamos sentindo o peso de trabalhar em algo que não gostamos, pensando em arrumar outras fontes de rendas ou torcendo para chegar logo à aposentadoria.

Nem o que gostamos, nem o que dá dinheiro, então qual seria a pergunta certa?

O que você gosta a ponto de fazer todos os dias e pode cobrar por isso?

Agora sim, responder essa pergunta talvez leve você para o famoso trabalhar com o que gosta! O sonho de todos! Trabalhar com o que você gosta e receber bem por isso. Ah… seria lindo, não é?

Como disse, eu gosto de jogar futebol e talvez pudesse ganhar dinheiro fazendo isso. Isso é verdade, porém eu gosto muito de estar com minha família, de curtir o final de semana ao lado de pessoas que amo, tomando minha cerveja e fazendo churrasco, será que jogar futebol não passaria a ser um sacrifício com o tempo? Se tornando apenas mais um emprego?

Mesmo podendo fazer todos os dias, mesmo podendo cobrar por isso e se aperfeiçoar ainda mais, mesmo amando alguma atividade, você precisa entender se isso não passará com o tempo a ser um sacrifício para você, caso contrário, isso é um hobby ideal e não algo com potencial para se tornar sua profissão.

É importante fazer essa separação quando pensar em trabalhar com o que gosta, para que você não deixar a sua paixão se tornar algo maçante que te afasta de outras paixões.

Afinal, não existe então um modelo certo? Trabalhar é chato mesmo e vamos conviver com isso. Calma, isso não é verdade. Vamos ver o que podemos fazer então.

Escolhe um trabalho que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”Confúcio

Essa frase tem um sentido muito legal, que é tirar a conotação ruim que dão à palavra trabalho, de sacrifício e esforço excessivo, porém pensar dessa forma pode ser muito perigoso, afinal se você escolher algo que gosta para trabalhar, tenho certeza que dará muito mais seu sangue, seu suor e fará muito mais do que se tivesse fazendo qualquer outra coisa que não goste. Então acredito que poderemos ousar mudar essa frase para:

Escolhe um trabalho que gostes, e trabalhar nunca se tornará um sacrifício na tua vida”

A receita entre trabalhar para ganhar dinheiro e trabalhar com o que gosta, é mensurar o quanto isso será argiloso para você. Para evitar então que ganhar dinheiro sufoque seus gostos e trabalhar com o que goste se torne apenas um emprego, vou fazer algumas perguntas com as quais você poderá se guiar para decidir sobre o que fazer.

  • O que você poderia fazer todos os dias sem se tornar um sacrifício?
  • Sobre o que você seria capaz de estudar e se aprimorar durante a vida inteira?
  • Essa atividade está congruente com seus valores?
  • Existem pessoas trabalhando com essa atividade?
  • Como essas pessoas se sentem trabalhando com isso?
  • Como essas pessoas começaram a profissionalizar essa atividade?
  • Quanto essas pessoas estão ganhando para exercer essa atividade?
  • Quanto, no mínimo, você gostaria de ganhar para exercer essa atividade?
  • O que você pode oferecer para que as pessoas te paguem por isso?
  • Quanto, no mínimo, você precisa investir para começar a exercer essa atividade?
  • Onde você pode exercer a sua atividade?
  • Em que lugar você poderia trabalhar para aprender mais sobre isso?
  • Quanto tempo por dia você pretende se dedicar à essa atividade até que ela se torne sua principal fonte de renda?
  • Depois de se tornar sua principal fonte de renda, quanto tempo vai se dedicar a isso?
  • Definidos a atividade a ser realizada, carga horária, renda, local e recursos necessários, ainda assim, você se vê fazendo isso o resto da vida e tendo tempo para as demais coisas importantes na sua vida?
  • O que está esperando então para fazer aquilo que gosta?

Conclusão

Diferente de minhas últimas postagens, hoje quero fazer uma rápida conclusão para você. Trabalhe com o que gosta, SIM, e também goste de trabalhar, pois nada do que escolher fazer será simples e dará frutos sem que você semeie. Se ainda não escolheu sua profissão, escolha algo que terá prazer em estudar e o dinheiro será uma consequência de seus esforços. Se já trabalha e não está contente com o que faz, independente do dinheiro que recebe, planeje-se para mudar, não deixe para quando se aposentar ou terá gastado todas as suas energias naquilo que não gosta, chegando à sua velhice rico e acabado.

Um abraço!!!

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