Casar é unir duas pessoas, muito além e mais profundamente do que apenas colocá-las sob o mesmo teto. É começar a montar uma vida juntos, uma história e possivelmente ampliar a família. Para isso, é necessário tirar um tema tabu do armário e conversar abertamente sobre ele: finanças pessoais. Dinheiro — ou a falta dele — é a segunda maior causa de divórcios no Brasil, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Isso porque ele raramente é conversado antes da assinatura dos papéis de matrimônio e pode se tornar um real problema mais à frente. O maior obstáculo em relação a esse quesito é quando o casal vê a renda e a maneira de administrá-la de forma distinta.
Você é muito controlada enquanto o seu parceiro não consegue terminar o mês no azul? Que tal tratar esse assunto com cuidado e o quanto antes, a fim de evitar problemas conjugais? Veja 7 dicas de finanças pessoais para realizar seus sonhos a médio e longo prazo!
Como acertar as finanças pessoais do casal em 7 passos
A gestão das finanças pessoais de um casal não é muito diferente da feita pelos solteiros. A receita é a mesma: planejamento + definição de metas + investimentos.
Segundo especialistas, é importante que os dois indivíduos estejam comprometidos para falar sobre as contas da casa e que se dediquem a isso. Por isso, é interessante marcar uma “reunião” mensal para tratar sobre as finanças do mês e avaliar como está o planejamento para a realização dos sonhos futuros. Além disso:
1- Faça um planejamento financeiro detalhado
É essencial saber em detalhes a situação das finanças pessoais de cada um. Dívidas, rendimentos, investimentos e quanto cada um gasta mensalmente, em média, devem ser conversados abertamente para que o planejamento seja realista.
Contabilize os gastos com cursos, transporte, alimentação, condomínio, aluguel, contas da casa, lazer e parcelas de financiamentos. Aplicativos como Guia Bolso e Minhas Economias são ótimos para facilitar esse planejamento financeiro para quem ainda não tem prática. Os mais avançados no assunto podem utilizar planilhas de Excel.
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2- Determine como será feito o pagamento das contas
Um dos primeiros passos é decidir pela conta conjunta ou por contas separadas. Ao mesmo tempo em que a conta conjunta facilita a administração dos bens e permite investimentos com valores mais elevados, muitos advogam que ela retira um pouco da individualidade e da privacidade dos cônjuges.
No caso de contas separadas, é fundamental determinar como será feita a divisão de pagamento. A maneira mais simples é dividir meio a meio com o parceiro, mas esta pode não ser a forma mais justa, uma vez que um dos cônjuges pode receber um salário mais elevado. Nessas situações, uma alternativa é dividir proporcionalmente.
Por exemplo, um dos membros do casal recebe R$ 7.000 enquanto o outro R$ 3.000? A divisão pode ser feita 60/40 ou em outra proporção que agradar o casal. Aplicativos como o SplitWise facilitam o registro dos gastos e já calculam, automaticamente, quanto cada um dos envolvidos deve para o outro.
3- Divida as responsabilidades
Mesmo que uma das pessoas seja mais organizada do que a outra, é importante que ambas tenham responsabilidades definidas na vida financeira do casal. Pode ser algo simples, como agendar o pagamento, enquanto o outro atualiza as planilhas. Além desta prática impedir que haja desconfianças entre o casal, também auxilia no senso de pertencimento em relação às economias e às contas.
4- Defina metas a curto, médio e longo prazo
Muitos objetivos que possuímos — como a realização de viagens, a compra de um imóvel, trocar de carro e ter um filho — exigem um investimento e planejamento financeiro. Defini-los, inclusive com prazos, é fundamental para que eles não enforquem o orçamento mais adiante. Saber com precisão o que se quer realizar, facilita o planejamento financeiro e faz com que você visualize quais investimentos são a melhor opção para o casal.
5- Priorize o pagamento de dívidas
O maior objetivo do casal deve ser quitar todas as dívidas que estiverem em seus nomes. Os juros praticados no Brasil são um dos mais altos no mundo e facilmente uma conta descontrolada no cartão de crédito ou um financiamento com taxas exorbitantes podem se transformar em problemas sérios.
Identifique quais são as pendências financeiras que restaram do casamento e anteriores a ele e faça um planejamento para eliminá-las o mais rápido possível. Lembre-se que muitas dívidas podem ser reduzidas significativamente se negociadas com os credores.
6- Mantenha uma reserva para emergências
Especialmente em momentos de incerteza econômica, é essencial a criação de uma poupança de emergência. O recomendado é que ela contenha o valor referente a três ou seis meses da renda mensal familiar, para ser acessada em caso de gastos extras urgentes não contabilizáveis.
Por exemplo, um dos cônjuges ficar sem ocupação, uma doença na família, algum conserto estrutural da casa ou uma mudança de estado repentina. Não esqueça de repor o dinheiro gasto assim que possível.
7- Pense na construção de patrimônio
Além de investimentos a médio prazo, como os citados acima, também é fundamental pensar na construção de um patrimônio para a família. Essa será a segurança a longo prazo de vocês e também uma boa maneira de rentabilizar o seu dinheiro, uma vez que imóveis só se valorizam com o tempo.
Se no início da vida conjunta ainda não há dinheiro para a compra de um imóvel ou a possibilidade de entrada em um financiamento, é interessante pensar em outros mecanismos. Como a compra de títulos de consórcios ou cartas de crédito para começar a montagem de um patrimônio que jamais irá se desvalorizar.
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